Surf Trip Itacaré #2: Engenhoca Clássica
Domingueira, dia de sol e já tava tudo planejado. Combinei com o Romulo de irmos para a engenhoca as 9 da manhã. Um dia de Surf, pois como lá é longe, e tem uma trilha pra chegar lá, não vale a pena fazer só 1 Surf.
Preparei minha mochila com tudo que ia precisar, inclusive um lanche reforçado de 2 sanduíches, além de todo o material do Surf. Chegou a hora combinada e partimos então para a Engenhoca.
A viagem dura uns 15 minutos de carro e depois mais uns 20 minutos (no máximo) de trilha. Esse foi um bom momento que tivemos para conversar, trocar uma ideia e contar sobre nossas experiências que tivemos nesse ultimo ano. Conheci o Romulo ano passado em Itacaré e aqui estou eu novamente. Mas, foi bacana perceber quantas coisas eu vivi nesse último ano. Trocando figurinhas de viagens basicamente eu tinha adicionado no meu album: Rio de Janeiro(Macumba), Ubatuba, Guarda do Embaú, Pipa. Um ano bastante movimentado, muito Surf e evolução. O Rômulo também não ficou pra trás pois ele viajou de SP ate Itacaré de carro pelo litoral, passando por Rio e Espírito Santo também.
Mas então, depois de todo esse trajeto finalmente cheguei na engenhoca: lugar que eu tanto gostei da ultima vez, um pico diferenciado, um visual incrível e uma onda divertida, boa para treinar e se divertir sem aquela pressão e power da tiririca. E tudo estava como eu lembrava, Dia de Céu Azul, agua cristalina, relativamente pouco crowd e o principal: boas ondas. Além de tudo, iria ter minha sessão fotográfica de 2hrs com exclusividade.
Visual da Praia da Engenhoca
Levei a pancadinha, pois sabia que essa era uma onda mais parecida com as que temos aqui e achei que ela fosse se encaixar bem. No começo não senti tanta segurança pois a confiança na pancadinha estava abalada pelas viagens anteriores onde ela não performou muito bem. Mas, ao longo da sessão fui reconquistando essa confiança e o surf começou a fluir melhor.
Consegui fazer algumas manobrinhas, principalmente de backside onde a rasgada tá mais afiada, isso é algo que já ouvi falar de muitas outras pessoas que acham mais fácil manobrar de backside. Minha postura fica melhor no backside, acho que ele te força a ficar em uma posição mais agachada e comprimida. Mas depois o cansaço e a fome foram batendo e resolvi sair, já estava dando a hora mesmo do tempo que tínhamos combinado que seria a sessão fotográfica.
Surfando de Backside
Rasgada de Backside
Saí do mar e voltei para onde estava nossa base de apoio e aproveitei pra dar uma olhada rápida nas fotos, comi os sanduíches, enquanto isso o Rômulo se preparou para dar a caída dele no mar. Depois de um tempinho de descanso voltei para a segunda bateria também. E para minha surpresa o mar parecia estar melhor ainda, e consegui pegar minhas melhores ondas do dia (pra variar não tava sendo registrada por que o Romulo tava na água também). Peguei uma esquerda no começo do pico e fui até praticamente a areia, dei umas 4 ou 5 batidas, foi a onda que fez meu dia e ainda me lembro dela e da sensação que tive.
Quando saí da segunda batera e voltei pra nossa mesa, tinha mais pessoas agora, uns amigos do Rômulo: Juca (um local de Itacaré) e outro amigo de Belém que está numa viagem de carro pelo Brasil e que já tinha ido até o sul do Brasil e agora está descendo o nordeste e que nesse momento se encontrava em Itacaré. Ficamos horas ali conversando nós 4, enquanto pedimos umas tapiocas de almoço na barraca do Rasta, que inclusive demorou horas pra chegar, mas é isso que falam de Itacaré, e principalmente na Engenhoca que ali o tempo passa diferente e a solução é relaxar e esperar.
Esse amigo que estava viajando o Brasil é faixa preta de Jiu Jitsu, e o Romulo e o Juca também praticam, então aprendi muito sobre o mundo do jiu jitsu ali e traçamos paralelos com o surf também. Ao longo da conversa me perguntaram se eu sabia dirigir, pois o viajante queria tomar umas cervejinhas e na volta da engenhoca passamos por um posto da polícia rodoviária e não queríamos dar chance ao azar. Disse que dirigia sim, e na volta acabei trazendo o carro dele até após o posto policial.
Essa é uma das vantagens de se viajar, e acho que quando se está só essas coisas são mais suscetíveis a acontecer, se estivesse em um grupo provavelmente, essa interação não teria sido tão verdadeira e profunda.
Voltei para casa já eram quase 16hrs, na volta ainda quando dirigia o carro consegui capturar uns novos reggaes japoneses, era o que tava tocando no carro e como eu adoro descobrir músicas novas, foi perfeito. Encerro o post com essa música que descobri nesse dia, e até o próximo post.